sexta-feira, 7 de agosto de 2009

What does it mean, Mr. Kowalski??


Não resisti a comparação. Vejam a diferença de expressão ( e atitude, claro) entre Walt Kowalski (Clint Eastwood em Gran Torino) e Mathiás (Vincent Kassel em A Deriva) nas fotos publicadas aqui. Não gastei meu suado dinherinho pra ver no cinema ao aclamado hollywoodiano. Mas como o DVD estava em casa dando sopa, resolvi assistir ontem a noite. E fiquei bem (mal) impressionada com as soluções fáceis do roteiro. Até Sid Field (um dos mentores da formula americana de se fazer roteiros previsíveis) deve ter se irritado. Mas o que mais me incomodou mesmo foi a caracterização do protagonista.
Quer dizer que prá fazer do pobre (sob todos os aspectos...) Thao um homem é preciso ensiná-lo a xingar o barbeiro italiano, chamá-lo de maricas o tempo todo e dar umas ferramentas na mão dele prá fazer trabalho pesado?
Quanta baboseira....Meu marido (que viu o filme no avião durante uma viagem internacional)entrou no quarto e perguntou se eu estava gostando. Disse apenas: Ahã. Claro, tenho que me esforçar e aprender a ver outras coisas além de Heitor Dhalia, Eric Rhomer, Ang Lee, Amos Gitai, karim Ainoz.....E ele foi logo avisando: É um filme bem masculino...
Gosto do universo masculino, mas esse filme não honra o gênero. Pelo contrário.
Na minha modesta opinião é apenas um manual de como NÃO tratar seus filhos, amigos, netos, vizinhos, o padre e quem quer que esteja oa seu lado.
Ufa, desabafei! Agora vou correndo na locadora devolver o DVD antes que tenha que pagar mais uma diária!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

À Deriva


De volta ao tema família...

Quem ainda não viu, veja! O novo filme de Heitor Dhalia é um primor. Roteiro, fotografia, trilha sonora, atuações... tudo impecável.
Mas quero comentar uma sequência em particular. Aquela em que Filipa, após a primeira transa, desce do barco e encontra com o pai na beira da praia. Ele sabe que a menina agora é uma mulher. Abraça a filha carinhosa e cuidadosamente. Mergulham no mar, juntos bóiam na água e seguem à deriva em seus pensamentos... Achei uma das cenas mais poéticas e sensíveis que já vi no cinema.
A aceitação do desejo de um e de outro e nesse contexto entra a mãe também, traz uma luz para os relacionamentos entre pais, mães, filhos e filhas.

O que me vem a cabeça quando lembro do filme é: Pais, acolham suas filhas. Sejam elas meninas ou mulheres. Mães, façam o mesmo com seus meninos, ainda que eles já sejam homens feitos.

Beijos e boa sessão de cinema!!!



quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Como nossos pais...




Quando somos adolescentes criticamos nossos pais. Não levamos em conta a gestação, as noites em claro para nos ninar, os esforços para nos sustentar, a busca por uma boa educação e a satisfação em nos ver sempre por perto e em segurança. Via de regra, são sempre caretas, nostálgicos e protetores ao extremo.

Mas basta crescer e ter filhos, prá sentir na pele tudo o que nossos pais sentiram alguns anos atrás. Eu parecia tão "moderna". Achava que seria capaz de dormir tranquila enquanto meus filhos estão na balada, de achar normal que eles não mantenham a lição em dia, não escovem bem os dentes ou passem dias sem ligar durante uma viagem. Doce ilusão!

Afinal, porque a vida é assim?

Talvez seja para dar a oportunidade de nos reinventar....
E é exatamente isso que tento fazer agora!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Acredito que a primeira postagem a gente nunca esquece. Difícil é encontrar assunto prá essa estréia. Posso começar dizendo que resolvi criar um blog porque passei a tarde de hoje a toa na vida fuçando a página dos outros.
Vi coisas interessantes e outras tantas bobagens. As bobagens foram as melhores. Talvez porque me deixei ficar mais tempo prá justificar o voyerismo.

Alguns blogs me fizeram lembrar das minhas agendas....tão lindas! A cada ano uma nova capa, novos recortes, fotos, colagens....acho que sou editora desde criancinha. Mas eu não mostrava minha agenda prá todo mundo. Poucas foram as amigas privilegiadas. Amigos, nenhum. Namorados, pretendentes e afins então, nem pensar!

Então, definitivamente, não posso tratar do meu blog como se fosse uma agenda. Nananinanão!!!

Mas acho que será divertido compartilhar alguns devaneios, sonhos, experiências e frivolidades (né, Silvia, querida!).

Vamos ver no que dá.



Prá quem passar por aqui, minhas boas vindas!!!